À Porta da Minha Casa: Uma História de Resistência e Busca por Justiça

A porta de uma casa deveria ser um símbolo de acolhimento e proteção. Para mim e minha família, no entanto, ela se tornou o palco de uma afronta contínua, um lembrete diário da injustiça que enfrentamos há oito longos anos. Esta é uma história de perseverança, de luta contra a violência moral e psicológica, e de uma busca incansável por justiça.

O Desafio à Nossa Porta

Há um ano e meio, outdoors foram instalados bem diante da minha casa. Não eram simples anúncios, mas instrumentos de uma campanha de assédio persistente. Lutamos, buscamos a lei, e conseguimos uma medida protetiva ordenando a remoção dessas placas. Mas nossos perseguidores, em um ato de flagrante desrespeito à Justiça, simplesmente substituíram as placas antigas por novas.

Entramos com uma ação civil, mas, como tantas vezes acontece, a Justiça permanece inerte. Não conto esta história para dar destaque aos perpetradores dessas ações – eles não merecem sequer a sombra da nossa atenção. Conto porque, como sociedade, não podemos aceitar calados esta perseguição que já dura oito anos.

O Impacto na Nossa Família

Esta violência não afeta apenas a mim. Ela se estende:

  • À rua onde moramos
  • À frente da casa dos meus pais, dois idosos que deveriam conhecer apenas a tranquilidade nesta fase da vida
  • Aos olhos das minhas filhas e sobrinhas, que, ainda jovens, aprendem pela dor que a maldade pode não ter limites

E, ainda assim, parece que ninguém faz nada.

A Lentidão da Justiça

Como precisamos avançar como sociedade! É doloroso reconhecer que, muitas vezes, a Justiça é lenta e, em sua lentidão, se torna injusta. A injustiça não é apenas o mal cometido; é também o silêncio das instituições que deveriam nos proteger.

Lucas Porto: Um Nome que Ecoa

Lucas Porto. Este nome ecoa como um peso que minha família carrega. Assassino confesso da minha irmã, ele tirou sua vida em 13 de novembro de 2016. Foi condenado pelo tribunal do júri com provas irrefutáveis, provas públicas para quem quiser ver. Mas mesmo preso, ele continua a nos violentar, agora por outros meios:

  • Outdoors afrontosos
  • Palavras que ferem
  • Ataques financiados por aqueles que, lamentavelmente, o apoiam – sua própria família

Resistência e Esperança

E aqui estou, novamente, diante dessa porta. Uma porta que deveria ser minha, mas que a maldade insiste em profanar. Mas eu resisto. Escrevo porque acredito que as palavras podem ser escudo, podem ser força. Escrevo porque, embora a Justiça seja lenta, a verdade é uma luz que nem outdoors podem encobrir.

Enquanto a memória da minha irmã viver, enquanto houver amor e verdade para guiar nossos passos, continuaremos. Resistiremos. Porque o mal não terá a última palavra. Não terá.

Um Chamado à Ação

Convido você, leitor, a se juntar a nós nesta luta:

  1. Compartilhe esta história
  2. Fale sobre violência contra a mulher
  3. Apoie iniciativas que combatem o feminicídio

Juntos, podemos fazer a diferença. Porque somos todos Marianas.


Sobre o Somos Todos Marianas

O Somos Todos Marianas é uma iniciativa dedicada a combater a violência contra a mulher e buscar justiça para vítimas de feminicídio. Saiba mais em www.somostodosmarianas.com.br.

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